Perdão Um elemento terapêutico fundamental no nosso equilíbrio e no nosso desenvolvimento Perdoar o outro….?…
Tudo ou quase tudo aquilo que fazemos no nosso dia a dia está associado aos sentimentos. Se estamos mais tristes, temos um determinado comportamento; se estamos mais contentes, temos outro. Isto porque os sentimentos influenciam a nossa perceção e a nossa interpretação sobre determinados acontecimentos, sobre a nossa motivação, sobre o nosso humor e também sobre a maneira como nos comportamos em certas situações. Nem as pessoas mais “frias” conseguem desvincular-se dos sentimentos; podem é agir de forma diferente.
Então que tipo de sentimentos cultivamos dentro de nós? Que tipo de sentimentos cultiva dentro de si?
Vou-lhe dar um pequeno exemplo. Imagine que está num processo de emagrecimento. Está a seguir a dieta que o nutricionista lhe passou; mas teve ontem uma festa de anos e não resistiu e comeu duas fatias do bolo de aniversário e ainda uma fatia de pão. Como interpretou este seu comportamento?
Se o interpretou como um fracasso e sentiu-se um derrotado, então irá agir como tal. O próximo passo será cometer mais deslizes e, posteriormente, deixar a dieta e a tentativa de emagrecer.
Mas imagine outro cenário. Imagine que interpretava este comportamento como uma nova oportunidade de aprender e de não fazer novamente. O que acontecerá? Desenvolverá estratégias para evitar ter mais este tipo de deslizes.
Ou seja, sentirá que evoluiu. Apesar do tal deslize, o seu pensamento foi outro, assim como os seus sentimentos. Em vez de se sentir frustrado e sem confiança em si mesmo, sentiu que poderia ter forças para não voltar a fazê-lo novamente e principalmente forças para não desistir da dieta.
Ou poderá ainda pensar que foi apenas um deslize, mas que estes deslizes fazem parte e todos nós somos seres humanos e cometemo-los. Uma asneirinha hoje, mas que não põe em causa nada do que já fez até aqui e do que irá fazer futuramente. Não pode é entrar no ciclo vicioso, “já que fiz ontem uma asneira, vou fazer hoje também”; “agora que fiz isto já não vale a pena continuar a dieta”; etc., etc.
O problema não é o problema! Mas sim a forma como pensa sobre o problema. Isso sim faz toda a diferença e isso sim influenciará todas as suas emoções e sentimentos.
Portanto, chega de pensar que é fraco, que não vai conseguir, que emagrecer não é para si, etc. etc.
Tenha outra atitude! Não desista de si próprio! Pensamentos bons, levam-nos a ter sentimentos bons; sentimentos que vão deixar de pesar toneladas nos seus ombros!