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O período da adolescência pode realmente tornar-se caótico, tanto para os pais como para os próprios adolescentes. Este bicho papão que surge, sem dizer quando nem onde, deve ser encarado de forma tranquila e, acima de tudo, o diálogo e a comunicação devem ser primordiais na relação pais e filhos.

Para falarmos na adolescência não podemos falar somente do adolescente. Temos de o ver no seu todo e, para isso, é essencial a abordagem da família, da escola, dos amigos, da sociedade e da personalidade e desenvolvimento emocional do próprio adolescente. Todos estes fatores interligam-se e vão ser fulcrais para a formação destes jovens, tanto física como psicologicamente.

Sabemos que esta é uma fase de sofrimento. Isso está provado cientificamente e todos nós passamos por tais angústias, medos, desilusões e anseios. Tudo isso faz parte e é normal. Mas, ainda assim, hoje tudo pode ser vivido de forma angustiante e amanhã tudo pode ser vivido de forma maravilhosa. Há uma dualidade de emoções, também muito caraterística e patente nesta fase, em que tudo é uma nova descoberta.

Portanto, todas estas inquietações são perfeitamente contornáveis e há que ter isso em conta. O importante é que a família esteja sempre com atenção ao comportamento do adolescente. Se este se tornar muito repetitivo e fora do “normal” aí deverão procurar ajuda especializada.

Contudo, esta fase bicho papão também tem as suas coisas boas. A imensidão de possibilidades que os adolescentes têm e as oportunidades únicas para crescer, para se formarem enquanto indivíduos com princípios, valores e ética. Mas, para tal, o papel da família, escola e amigos tem uma importância peculiar. Há que saber impor os limites e as regras. Isso é fundamental para um adolescente, mesmo que ele não goste nem aprove (isso vai ser demonstrado várias vezes). A mãe e o pai têm de saber delimitar territórios e impor os limites com rigor, mas nunca à toa.

Além disso, é fundamental também elogiar o adolescente, quando este tem atitudes que o permitam. Ele irá sentir-se acarinhado e importante e isso é essencial para o seu desenvolvimento. Elogie, elogie e volte a elogiar… Poderá também dar uma recompensa, se assim fizer sentido.

Mas quando for para “ralhar” também terá de saber fazê-lo. Comunicar e saber falar são os pontos chave e o segredo para que tudo seja mais fácil.

Educar os filhos tendo por base os sentimentos. Proporcionar-lhes recursos emocionais para enfrentar a sociedade. Serem o equilíbrio emocional nesta fase tão desequilibrada. Este deverá ser o papel dos pais. Como fazer isso? Com muito amor, mas com muitas regras. Com muita paciência, mas com limites. Com muita dedicação e compreensão, mas com um discurso que nem sempre será o que os filhos querem ouvir. Hoje o dia pode ser péssimo, mas amanhã tudo muda. E isso faz parte!

E afinal de contas o bicho papão acabará sempre por passar…

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