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A nossa nutricionista, Drª Ana Filipa Baião, falou acerca da alimentação nos idosos, numa entrevista para o Correio da Manhã. Deixamos-lhe alguns excertos do que saiu na edição de Domingo, em jornal.

 

“Alimentação mais racionada traz vitalidade”, diz-nos a nossa nutricionista. A boa alimentação no indivíduo adulto a iniciar a velhice deve ter por base alimentos muito simples. Para viver bem e prevenir a doença, o segredo é manter uma alimentação saudável e praticar exercício físico.

Mas as preocupações alimentares de uma pessoa com 50 anos são ligeiramente diferentes das que têm 60, 70 ou 80 anos. Os planos nutricionais devem ser individuais, adaptados à idade, à condição física e à saúde da pessoa. Ainda assim, em todas estas idades, a base da alimentação deve ser rica em peixes, verduras e fruta.

Os 50 anos é a faixa etária mais interessante. Há fatores neurológicos que convém manter, como o bom humor, a memória e o raciocínio. E tudo isto se mantém se tivermos um excelente consumo de peixe rico em ómega 3. Pode ser salmão, sardinha e cavala. O ómega vai melhorar a manutenção das fibras nervosas, prevenir o cancro e o esgotamento.

Os frutos secos e as sementes devem fazer parte da alimentação a partir dos 50 anos. Nestas idades, sobretudo após os 60 anos, é importante fazer refeições de 3 em 3 horas, reduzindo assim a acidez metabólica; que é a acidez que acelera o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças associadas. A partir dos 60 anos, pode ser necessário fazer uma suplementação de minerais, nomeadamente de zinco. A fruta pode ter de ser cozida. Se houver historial de diabetes, deve-se optar por kiwi, maçã, romã, frutos vermelhos ou mirtilos, que são ótimos antioxidantes.

Dos 50 aos 80 anos devem preferir uma alimentação mais vegetal. A carne ou o peixe devem ser um pormenor da refeição, não o central. Não fique horas sem comer e pratique exercício físico. A fruta é essencial em todas as refeições, mas também pode ser comida nos intervalos. Relativamente à ceia, também é fundamental. Muitos AVC acontecem entre as 3 e as 5 da manhã, porque se fica horas sem comer. Acima dos 60 anos, não se deve ir para a cama em jejum. Sugiro um chá e uma tosta com queijo ou um iogurte e uma maçã ou um kiwi como ceia.”

 

Manter o coração e o cérebro jovens

A atividade física é o melhor aliado da alimentação saudável, pois o exercício físico é dos fatores mais importantes para controlar as taxas de açúcar, colesterol, manter o humor e manter o coração e o cérebro jovens. O que pode fazer? Por exemplo: subir e descer escadas, fazer caminhadas ou corridas. O desafio dos jogos de carta ou o simples exercício de leitura são outras atividades que estimulam o cérebro. Também ver televisão, o telejornal ou a telenovela é uma forma de estimular a atividade cerebral.

Mas há ainda outros segredos para manter o cérebro ativo através da alimentação: um deles passa pela fibra alimentar, presente na alfarroba, sésamo, centeio ou ainda massas integrais. Evite o glúten, porque acelera fenómenos inflamatórios. Todos os dias as pessoas devem comer uma maçã e beber muita água.”

 

D. Fernanda, cliente da Drª Ana Filipa Baião deixou o seu testemunho

“Fernanda Lobo, 71 anos, procurou a nutricionista porque se sentia “gorda”. “Acho que comia de uma forma errada. Comia fruta; mas não comia mais nada a seguir. Agora como uma peça de fruta e algo a seguir, que podem ser frutos secos”. Fernanda Lobo emagreceu 10 kg ao mudar a alimentação, que também passou pela substituição do leite. “Passei a beber uma bebida vegetal em substituição e sinto-me lindamente”.

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