Depois das férias queremos emagrecer. Já o queríamos antes, e até conseguimos; mas o período de férias é sempre um obstáculo para continuar o processo de perda de peso. Mas agora que já voltamos à rotina, temos de pensar novamente em comer melhor, mais saudável e até em perder aqueles quilinhos. Vamos à internet pesquisar e aparecem dietas fantásticas, com mulheres lindas que já perderam muitos e muitos quilos. Começa também a fazer esta dieta, que dizem ser a última moda, e que promete “mundos e fundos”.
Come bem durante 15 dias. Mas começa a cansar-se. Come bem durante 15 dias mas não perdeu assim tanto peso. Aliás, diziam que perdia, em média, 3kg por semana, mas perdeu “apenas” 1,5 kg em 15 dias. O que será que aconteceu? Será que não “nasceu para fazer dietas”?
Não! O que se passa é muito simples: para emagrecer não basta comer bem. Para emagrecer não basta seguir uma alimentação saudável. Para emagrecer é necessário fazermos desequilíbrios calóricos. E esses desequilíbrios devem ser feitos com a ajuda e vigilância de um profissional especialista na área.
Ora, ao fazermos esses tais desequilíbrios – tendo sempre em conta a individualidade de cada pessoa, com as suas caraterísticas fenótipicas e genótipicas, a perda de peso começará a ser visível. Mas esses desequilíbrios não são procurados numa página da internet e realizados por todas as pessoas. Não podem ser! Senão aí serão mesmo desequilíbrios graves, que podem comprometer até a sua saúde. E não se esqueça que ao ter excesso de peso/obesidade já tem um grande desequilíbrio no organismo, nomeadamente, ao nível da saúde do intestino, ao nível dos neurotransmissores (stress/ansiedade) e também ao nível hormonal.
Portanto, há que procurar um nutricionista para fazer esse jogo. E depois há que adequar essa alimentação ao seu estilo de vida e aos objetivos de cada fase de perda de peso e, posteriormente, de manutenção. Sempre com os conhecimentos técnicos e vigilância de um profissional de saúde, pois é essencial a restrição calórica. E pode ser fundamental que esta restrição apresente determinadas caraterísticas que não as reconhecidas como pertencentes a um estilo alimentar saudável.
E depois temos também questões como o índice glicémico dos alimentos, assim como o teor de proteína diária que têm, necessariamente, de ser contemplados em qualquer restrição, mas feito de forma individual.
Defendemos constantemente: a alimentação é um jogo de equilíbrios, temos apenas de saber fazê-los e pensar, sobretudo, que isto não deve ser um sacrifício que nos levará a desistir ao fim de 15 dias.
Porque o que custa é dar o primeiro passo mas, com a ajuda de profissionais especialistas na área, o primeiro passo é sempre mais fácil, porque dão-lhe a mão e incentivam-no, constantemente. E depois, quando começa na subida desses degraus, as vantagens de perder peso e ser saudável são tantas, que o destino chegará rapidamente…