Hoje celebra-se o Dia Mundial do Combate ao Bullying. O Bullying não é mais do que um comportamento agressivo, normalmente entre jovens de idade escolar, contendo um caráter intencional, prejudicial e persistente, podendo até durar anos. Neste processo de violência, normalmente existem 4 peças primordias: a vítima; o agressor; a vítima/agressor (criança que tanto pode ser vítima de bullying ou praticar bullying) e o espetador (está apenas a assistir, não se envolvendo na agressão).
Esta violência deixa marcas terríveis na criança, seja presentemente ou no futuro (sabe-se, por exemplo, que crianças vítimas de bullying têm mais tendência a estados negativos e depressivos do que crianças que não foram vítimas). Além disso, as família, a escola e a própria sociedade também são afetadas. A violência pode ir muito mais além da violência física (como dar murros ou pontapés); pois pode ser verbal (por exemplo, chamar nomes) ou social (como excluir alguém do grupo).
Em Portugal, 1 a cada 5 crianças – cerca de 240 000 alunos (20%), dados de 2014, sofre de bullying. E, hoje em dia, as crianças discriminam-se umas às outras por qualquer motivo, por mais ínfimo que seja: desde o usar óculos, ser baixo ou alto, gordo ou magro, ter uma borbulha; enfim… Há que estar alerta para estas situações e, sobretudo, falar com as crianças. Veja o que deve fazer:
- Esteja sempre atento ao comportamento do seu filho em casa – veja se nota alguma coisa de diferente, por mais pequena que seja, pode querer dizer alguma coisa;
- Converse com o seu filho sobre o bullying – explique-lhe o que é; quais as causas e consequências; como se pode defender; porque é que isso poderá acontecer com ele e, principalmente, tente que ele perceba que isto é uma fase passageira e que ele não é o culpado de nada;
- Se detetar uma situação de bullying com o seu filho, contacte de imediato a escola e o psciólogo da escola. A escola é uma ferramenta fundamental para resolver o processo e ajudar o seu filho;
- Fale com o seu filho sobre a amizade e a importância de ter amigos e andar sempre em grupo – seja para o seu desenvolvimento psicossocial, seja para os agressores não atacarem de forma “tão fácil”;
- Inscreva o seu filho em atividades fora da escola. Por exemplo, na natação, no futebol ou karaté. Além de descarregar todas as energias negativas, conhece novos colegas e amigos e entenderá que o bullying não é algo fixo e invariável e que nem todos os colegas são iguais!