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Acordamos e olhamo-nos ao espelho. O que sentimos em relação a nós e às nossas vidas? Isso traduz-se naquilo que vamos fazer naquele dia – a forma como pensamos em nós próprios, como falamos connosco, como pensamos nos outros e como avaliamos a vida. E onde se reflete, fundamentalmente, o que fazemos é na nossa saúde.

Todos podemos mudar a nossa vida. Tudo é possível para cada um de nós. Todos temos um botão de concluído e podemos acioná-lo para dar algo como concluído. Temos esse poder sobre nós próprios. Muitas vezes, não temos noção de como falamos connosco próprios. Desenrola-se um diálogo interno e acabamos por acreditar que é ele que nos representa. Se puséssemos um microfone nesse diálogo, descobriríamos uma atitude abusiva e maldosa. Há que calar essa voz que não nos representa.

E, portanto, tudo é possível, neste preciso momento, sabendo sempre que podemos fazer a diferença num segundo. A capacidade de nos comprometermos a uma coisa é imediata (se depois a vamos ou não fazer é outra questão).

É normal abandonar o plano alimentar, porque se sente farto? Adora bolos e gelados? Quais as consequências disto? Perde a confiança em si próprio. E quando perde a confiança em si próprio, cancela o encontro planeado com alguém que gostava de sair, por exemplo. Isso faz com que se sinta fracassado a nível pessoal e, consequentemente, não se mostrará tão confiante no trabalho, o que leva a um fracasso também profissional. E torna-se um ciclo vicioso.

A batalha que tem de travar é a nível da mente; há questões internas pelas quais terá de lutar. Hoje deixamos-lhe três dicas para começar já a lutar por aquilo que realmente deseja e a travar esta batalha contra a mente:

  1. Comece por identificar a razão do recurso ao seu vício: o que o deixou verdadeiramente destroçado? O que poderá fazer para resolver esse problema? Será que a melhor solução passa por viciar-se em alguma coisa?
  2. Faça uma pequena mudança e mantenha-a por 14 dias: há que definir um objectivo que possa concretizar. Todos conseguem fazer algo durante 14 dias. É possível. Algo tangível – por exemplo abdicar de pão ou de coca cola por 14 dias. Vai-se responsabilizar por isto e vai-se sentir bem depois de cumprir. Se mantiver só por 10 dias, por exemplo, terá de começar de novo. É indespensável respeitar os 14 dias, para cumprir o contrato. É preciso cumprir o compromisso, para se sentir bem consigo próprio. O que acontece é que começa a trabalhar o músculo de confiança em si mesmo, adotando uma postura correta e sentindo orgulho de si próprio. Sente que está a fazer algo por si.
  3. Fale diariamente sobre esses objetivos a 3 pessoas: quanto mais contar aos outros sobre a sua intenção, mais o poderão apoiar e pode inspirá-los a segui-lo – “A sério estás a fazer isso? Fantástico. Também preciso”. Além disso, acarreta também um sentido de obrigação. Agora tem alguém no trabalho ou em casa a ver se bebe ou não a coca cola, quando disse que não o ia fazer. Vai fugir e esconder-se ou vai lidar com isso? Quanto mais contar, mais público se torna que as suas intenções são realmente a sério.