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A obesidade é uma doença física, que pode afetar vários pontos do nosso corpo; contudo, é também uma doença que leva ao sofrimento psicológico. A um grande sofrimento psicológico.

Quando se fala em obesidade, na sociedade geral, não há o mínimo de sensibilidade sobre o tema. A culpa é das pessoas com obesidade, que se não comessem tanto ou se fizessem exercício físico não teriam esta doença. Mas é mais do que isto, muito mais… E quem sofre desta doença sabe-o bem!

Primeiramente, não é fácil decidir-se emagrecer e mudar de vida, por melhor que esta possa ser. E depois terá de ser uma decisão para o resto da vida. A pessoa com obesidade terá de passar a ter um controlo alimentar. O que não é mau, muito pelo contrário. Se uma pessoa com diabetes não pode comer açúcar e consegue fazê-lo; então uma pessoa com obesidade também conseguirá controlar a sua alimentação, certo? É mais ou menos isto; mas com as suas diferenças.

São vários as fatores que podem desencadear a doença; sejam biológicos, psicológicos, genéticos, comportamentais ou sociais. É preciso compreendê-los e começar todo um trabalho nesta base. O que desencadeou a sua obesidade? O que é que pode ser feito e não foi? O que podemos mudar e não mudamos? Principalmente psicologicamente.

Porque psicologicamente falando, o sofrimento é brutal. Há ainda a ideia de que “os gordinhos estão sempre bem dispostos”, mas isso é uma máscara que usam, muitas vezes porque nem eles se apercebem já do que se está a passar.

É necessário compreendermos a pessoa no seu contexto bio-psico-social. E estas pessoas não se sentem compreendidas porque, no fundo, não o são. Principalmente por uma sociedade inscrita de tabus e preconceitos. Esta não compreensão leva também a que o sofrimento psicológico da pessoa com obesidade seja ainda maior.

Vários estudos referem que a obesidade está associada (cada vez mais) à ansiedade e depressão. E tudo se torna num ciclo vicioso. Como. Não gosto do que vejo e sinto-me mal, triste. Como para compensar a minha tristeza. Fico ainda mais triste. Como ainda mais. E não consigo fazer alguma coisa por mim; pelo meu bem estar.

Já custa olhar-se ao espelho e ver o que vê. Que não gosta. Já custa sentir os olhares dos outros, e até os da própria família. Já custa querer ter energia e não cansar-se com muita facilidade. Já custa querer parar de comer e não conseguir; querer deixar o sofá para ir andar a pé e o corpo e a mente não deixarem. Tudo é difícil e tudo é incompreendido.

Dietas e mais dietas. Ginásios e mais ginásios. Tudo sem sucesso. Porque tudo volta ao mesmo, ou ainda fica pior. E porquê? Porque ninguém compreendeu a SUA obesidade e a sua especificidade como pessoa.

Por isso é essencial a psicologia do emagrecimento, para irmos mais fundo ao centro da questão que outras pessoas ou outros profissionais de saúde não conseguem. E é normal, pois simplesmente não é o seu trabalho.

Porque emagrecer não tem de ser um “bicho de sete cabeças” e significar mau estar, sacrifício, dificuldade. Tudo pode ser diferente, se também você quiser fazer essa diferença.

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