Para perder peso não basta fazer uma alimentação equilibrada, até porque cada metabolismo é um metabolismo, ou seja, cada pessoa é uma e singular. Quando se quer perder peso temos de começar por uma boa avaliação e estudo do caso em concreto: quais são as intolerâncias alimentares de cada pessoa, como é o seu metabolismo, hábitos de sono, de exercício físico, de ingesta de água e ritmo cronobiológico e crononutricional. Com estes dados, é feito um plano de reequilíbrio alimentar, e não de dieta.

Uma alimentação equilibrada não faz perder peso. Se formos por esse caminho, fazemos uma série de sacrifícios para “comer bem” dia após dia e, ao fim de um ou dois meses, a balança mexeu muito pouco. E, portanto, para perder peso é preciso fazer uma alimentação desequilibrada. Isto para que o organismo consuma a ingesta e vá buscar algo às reservas. Mas estes desequilíbrios têm de ser feitos caso a caso, elaborados por um nutricionista. E isto não é dieta, é uma alteração de hábitos com restrições pontuais e compensações. Somos “máquinas” bioquímicas de elevada complexidade e a interação de um alimento no organismo de uma pessoa é uma, e no organismo de outra pessoa é outra.

Um conceito de crucial importância é a abolição da palavra não! Nada é proibido! Há alimentos que podemos comer com muita frequência, outros moderadamente e outros apenas de vez em quando, mas nada é proibido. Mas também temos de saber fazer as asneiras (por exemplo, as horas a que a cometemos). Emagrecer, mais do que sacrifício, é conhecimento, inteligência e individualização.

Alimentos (quase) proibidos:

Açúcar, açúcar e ainda o açúcar! Gosto particularmente do conceito dos 5 venenos brancos:

  1. Açúcar – pela desregulação metabólica, pela desregulação das curvas de açúcar e de insulina no organismo e pelo hiperinsulinismo que causa gordura visceral. Podemos comer doces que usam açúcares não refinados, de preferência com farinhas não refinadas e com leites vegetais (caso o doce contenha leite).
  2. Farinha – Devemos evitar todas as farinhas refinadas. Aqui apenas me refiro às farinhas brancas como veneno.
  3. Sal – Deve ser consumido com moderação. Cuidado com as comidas fast food, ricas em sal e açúcares.
  4.  Leite – Os adultos têm baixa capacidade digestiva para o leite. O leite é um alimento muito completo, apropriado para determinadas fases de vida de grande crescimento. Este é o alimento fundamental para que as crias cresçam e aumentem de peso num curto período (fase de amamentação). Mas ainda há a acrescentar que devido à produção industrializadas de leite, são usados muitos medicamentos nestes animais, como antibióticos, que passam pela cadeia alimentar para os humanos que consomem o leite.
  5. Arroz – O arroz branco muito refinado, porque altera os índices glicémicos e é lesivo da mucosa intestinal.

Para além destes alimentos, destaco ainda o álcool. Bebido com moderação e nas alturas adequadas não tem grande mal – até pode ser interessante numa ingesta alimentar. Mas quando se quer perder peso, aqui a regra muda. É muito calórico.

Como evitar estes “maus alimentos”?

É muito fácil evitar estes alimentos. Em vez de açúcar refinado, use açúcar não refinado (stevia, mel ou adoçante natural). Para substituir a farinha refinada, use farinhas de cereais integrais. Quanto ao sal, use sal de mar e reduza a quantidade. O leite pode ser trocado por iogurte sólido ou por leites vegetais (não recomendo o de soja pelas suas interações endócrinas, mas recomendo todos os outros). O arroz branco deve ser substituído pelo arroz integral.